ENYA >> Biografia

Enya já completou vinte anos desde que Enya lançou seu fascinante álbum de estréia pela Warner, Watermark. Durante as duas décadas ela vendeu a incrível soma de 70 milhões de cópias ao redor do mundo, ganhou diversos prêmios e se tornou a maior artista solo Irlandesa em termos de vendas.

Dois anos no preparo e em expectativas são altamente compreensíveis em se falando do próximo disco de Enya, And Winter Came. As doze músicas são uma evocação especial e encantadora da mudança de cenário que o inverno e que o brinde de Natal trazem. Mais uma vez, o álbum foi gravado em seu próprio estúdio e é o resultado de um sólido trio criativo que se formou em 1982 com o produtor/arranjador Nicky Ryan e a letrista Roma Ryan.

Os álbuns anteriores de Enya mostraram-na exercitando uma incrível destreza lingüística para cantar músicas compostas em línguas que vão do galês ao japonês, até um dialeto ficcional inteiro criado por Roma, chamado Loxian, no álbum Amarantine (2005). As dez músicas inéditas de And Winter Came são todas cantadas em inglês.

Sexta de nove filhos, Enya nasceu Eithne Patricia Ni Bhraonian em 17 de maio de 1961, em County Donegal e cresceu falando gaélico. Enya é uma transliteração da pronúncia gaélica de Eithne. “Por causa disso é que minha pronúncia do alfabeto é diferente da de qualquer um que fale inglês como primeira língua”, ela explica.“Gosto dos sons das línguas, é maravilhoso poder cantar em uma língua tão antiga como o gaélico e, ao mesmo tempo, poder passar a mensagem através da melodia e da performance”.

Enya estudou música clássica no Milford College e sempre foi sua intenção envolver-se em música, mas ela não sabia que direção tomar. Depois que saiu da academia, foi convidada por Nicky e Roma, que na época cuidavam do grupo Clannad, a juntar-se ao grupo temporariamente.

“Eu vinha de estudar música clássica em uma escola tradicional e era incrivelmente independente”, relembra Enya. “Eu não estava realmente envolvida como um integrante do grupo. Nicky me queria como tecladista e como uma outra textura vocal na banda. E eu concordei. Conversava muito sobre música com Nicky e foi quando eu tive a idéia do coro de um. Ele era tão comprometido com a experimentação com todos os tipos de música. Ele veio da música ao vivo e eu desejava que as pessoas pudessem sentir isso no que fazemos, mesmo em And Winter Came, que é um álbum de estúdio. É tudo em cima da performance”.

Tudo isso levou à parceria criativa entre Nicky, Enya e Roma, em 1982. O primeiro projeto em que o trio trabalhou foi a trilha sonora do filme “The Frog Prince” (“O Príncipe Sapo”), de David Puttnam, em 1984.

Dois anos mais tarde, Enya preparou integralmente a trilha sonora do documentário seriado de TV da BBC, intitulado The Celts.

Com músicas cantadas tanto em inglês como em gaélico, Enya produziu uma quantidade de peças encantadoras e etéreas que mais tarde foram compiladas em seu auto-intitulado álbum de estréia, lançado em 1987, mas ele não causou muita sensação até quase uma década mais tarde, quando a faixa Boadicea foi sampleada por The Fugees no single “Ready Or Not”. Algo que não causou a Nicky muita preocupação, uma vez que a banda não pediu autorização, “Eu fiquei irritado porque eles não nos pediram, mas funcionou bem, tivemos a possibilidade de fazer a Sony tirar o disco das prateleiras, mas por quê iríamos fazer isso? Eles eram uma jovem banda então negociamos outra coisa e tudo ficou bem”.

Mas o interesse com relação à música não parou ali. Nicky atendeu ao telefone anos mais tarde e do outro lado da linha estava ninguém menos do que Sean Combs, também conhecido como P.Diddy, pedindo educadamente permissão para usar a faixa no single ‘I Don’t Wanna Know’, de Mario Winans, que chegou ao primeiro lugar na parada do Reino Unido. Nicky concordou graciosamente, mas com uma condição. “Disse a ele que teria que fazer algo para mim em retribuição”, ele conta. “Então talvez algo aconteça no futuro com Enya e P.Diddy”, ele ri.

Se por um lado seu álbum de estréia fracassou em alcançar as paradas, isso lhe deu um certo charme, levando o presidente da Warner Brothers, Rob Dickins, a rapidamente assinar com Enya, surpreendendo seu pares, que pouco acreditavam que a música peculiar e etérea de Enya pudesse vender em meio a um mercado dominado por artistas pop como Kylie Minogue e Rick Astley. Mas Dickins comentou “Às vezes a companhia está lá para lucrar, e outras vezes, para fazer música”. Ele ficaria, é claro, agradavelmente surpreendido por Enya atingir os dois objetivos.

“Nós e a gravadora ficamos completamente surpreendidos pela reação a Watermark”, admite Enya. “Quem diria? Não tinha nenhuma música como aquela no final dos anos oitenta”. Lançado em 1988, Watermark venderia mais de 11 milhões de cópias, daria a Enya duas indicações ao Brit Award e emplacaria o primeiro lugar da parada britânica com ‘Orinoco Flow’.

Tratando Enya mais como um projeto pessoal, Dickins foi tão longe, a ponto de visitar lojas de discos para ver o público comprando Orinoco Flow. Essa dedicação levou à inclusão da letra de Sail Away na capa das futuras prensagens, uma vez que Dickins percebeu que os fãs não tinham certeza do título da música. Ele também respeitou o desejo de Enya por independência criativa. “Foi uma condição contratual, que seríamos independentes criativamente e, por essa razão, nunca nos sentimos que não deveríamos fazer algo e sermos diferentes pelas razões certas; por que a música mandou assim”, diz Enya. “A única pressão real que tivemos foi quando [Warner] perguntou se teríamos um álbum este ano ou não”, ela ri.

Em 1991 Enya lançou Shepherd Moons, que vendeu 12 milhões de cópias e fez sua estréia no topo da parada de álbuns britânica e que se manteve em segundo lugar da parada americana por 199 semanas consecutivas. Shepherd Moons deu a Enya seu primeiro Grammy de Melhor Álbum New Age, mas seu armário de prêmios começaria a ficar cheio, quatro anos mais tarde, com Memory Of Trees ganhando outro Grammy e chegando a marca de mais de 9 milhões de discos vendidos.

Uma incrivelmente bem sucedida coletânea, Paint The Sky With Stars, se seguiu em 1997, trazendo sucessos como Orinoco Flow, Caribbean Blue, Book Of Days e Anywhere Is. Mas foi o lançamento de 2000, A Day Without Rain, seu próximo álbum de estúdio, que a levou a ser a artista a vender mais discos no mundo, no ano seguinte.

A Day Without Rain se manteve na parada dos EUA por quase dois anos e vendeu 13 milhões de cópias mundo afora. Durante esse período, os eventos de 11 de setembro de 2001 chocariam o mundo, e a faixa Only Time, já favorita entre os fãs de Enya, foi eleita pelas emissoras em busca de uma gota de tranqüilidade em meio às reportagens chocantes.
“CNN foi a primeira a usar”, lembra Enya, “mas ela se transformou em um hino do 11 de setembro. Na época as emissoras de rádio trocaram completamente a programação e queriam tentar e ajudar as pessoas a superar a perda e a devastação do que aconteceu. A essência da música é como o tempo pode ser curativo e que a normalidade, ou o mais próximo possível, voltará de alguma forma”. Já tendo doado para a Associação das Viúvas dos Bombeiros e Fundação das Crianças, Enya, Nicky e Roma perceberam rapidamente que a popularidade da música poderia também prover assistência às vítimas da tragédia. “Estávamos tendo execução e achamos que poderíamos lançar Only Time como um single, o que poderia dar assistência financeira às famílias que tinham perdido seus entes queridos no 11 de setembro”, diz Enya. O lançamento levantou $500.000 nos dois anos seguintes.

Mas 2001 trouxe notícias melhores com Peter Jackson pedindo à Enya duas músicas para a trilha sonora de O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel. O resultado foram May It Be e Aniron, com a primeira lhe valendo uma indicação ao Oscar. Na cerimônia, Enya fez uma performance ao vivo rara e vitoriosa, algo que ela lembra afetuosamente, “Foi uma experiência fantástica, os Oscars são incrivelmente ostentosos, mas tenho que dizer que realmente gostei”, ela sorri.

Apesar de obviamente se divertir se apresentando ao vivo, Enya nunca entrou em turnê e, não convencida pela sedução da fama, ela tende a se esconder dos holofotes da mídia – coisa rara nesse mundo obcecado pela celebridade. “Fama e sucesso são duas coisas diferentes”, ela provoca. “Eu ainda acho que você pode manter um estilo de vida privado e uma carreira de sucesso na música. Minha música precisa desse espaço”.

Em 2005, Amarantine, o último disco de Enya foi lançado com aclamação e Enya ganhou seu quarto Grammy. Em 2007 ela foi premiada com dois Doutorados Honorários em reconhecimento aos seus serviços em prol da música.

Agora, quando a temperatura cai e os dias são curtos, a chegada de And Winter Came é, certamente, para aquecer corações ao redor do mundo, com sua extensa orquestração e um otimismo que evoca o sentido de possibilidade que o Natal traz. Algo que Roma diz está refletido no título do álbum, “Gosto do título; algumas pessoas o vêem como um final, com toda uma história anterior, mas eu o vejo muito mais como um novo começo”.

10 comentários:

Sou fã da Enya a mais de 15 anos e adoro falar sobre ela com pessoas que realemente sao fãs dela!!! Parabens pelo Blog

Comecei a escutar Enya á um tempo atrás, me encantei, estou apaixonada pela voz, pela música dela ! Amei encontrar mais um pouco sobre ela aqui nesse blog, parabéns !

Música de verdade! Nesse mundo tão vulgar, musicalmente falando...

Ah pouco tempo conhece e apaixonei pelos ritmos instrumentais, foi quando encontrei a Enya no you tube com a música only time.Me apaixonei pela voz, pelos ritmos.Parecem mágicos.Adoro e recomendo.

A primeira música que ouvi de Enya foi One by One! A partir de então ela se transformou na minha cantora predileta e insubstituível!!!

gosto muito de musicas de Enya elas sao unicas

Ela é uma pessoa adorável, encantadora, suas canções são tocantes assim como o ser humano que nela há! Saudades das viagens e dessa moça

Adoro ouvir Ênya há mais de vinte anos quando a ouví apresentada por uma amiga em BH e por ser tão linda apaixonei por esse estilo de música que é como um bálsamo pras nossas almas feridas por tantos problemas .Ênya pra mim é como uma missionária das almas feridas.Deus a abençoe .

Brilhante cantora irlandesa e sua voz é uma das mais lindas e ouvir suas canções é uma dádiva de Deus.

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